terça-feira, 26 de março de 2013

Blog-se o mundo!

Muito bem. Alguém virou pra mim e disse que eu deveria virar blogueiro. Vou ser sincero, já pensava nisso há algum tempo. Corrigindo, há muito tempo. Não sou daqueles coroas histriônicos que olha torto para cada novidade que surge. Pelo contrário, eu me adapto fácil. Em 2001, caiu no meu colo a tarefa de organizar o conteúdo de um portal público. Tudo era muito novo. Nem são tantos anos assim e a tecnologia disponível na época era bem diferente do que temos agora. O mais irritante, porém, era perceber que todo o potencial que eu imaginava ali ou não estava disponível ou não caia no gosto dos demais. De uma coisa eu tinha certeza: pra que perder tempo em filas se tudo - ou pelo menos aquela parte chata da vida - pode ser resolvido com um clique no mouse?


Em 2005, experimentei uma revista online. O potencial daquele trambolho era simplesmente fantástico. Já era possível misturar mídias. Vídeo, audio, texto, todos misturados num único veículo. O custo também era baixíssimo – exceto pelo fato de que um veículo de comunicação é construído muito mais com a equipe envolvida do que pela tecnologia utilizada. Enfim, embora o deslumbramento fosse grande, ainda era uma mídia incipiente. Todos diziam que aquilo era o futuro. Mas ninguém estava disposto a investir.

Agora volta a idéia de que eu deveria me tornar um blogueiro. Blogueiro está na moda. Malhar blogueiros também. Desde o passeio de Yoani Sánchez pelas bandas de cá, os blogueiros ganharam um status novo. Tanto acima quanto abaixo dos bons padrões de moralidade. Mas, se os recursos e ferramentas disponíveis não representam grandes dificuldades, como adaptar velhos hábitos como o bloquinho de papel e as intermináveis reuniões de pauta?

São pequenos entraves que devo encarar. Certeza mesmo é que eu sou um péssimo piloto de autorama e um montador de lego horrível. Então fica combinado assim.
(*) Imagem extraída do Humor Geek.

Nenhum comentário:

Postar um comentário