sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

O escritor e o texto de memorando

Sou um consumidor compulsivo de novos autores. Praticamente não resisto quando um livro de alguém desconhecido cai na minha mesa. "É novo? Ninguém conhece? Pode servir" – vou dizendo logo ao garçom. Na maioria das vezes não me arrependo. Posso dizer com segurança que ler um texto de um novo autor é quase tão nutritivo quanto ler um clássico da literatura. Lógico que essa prática requer alguns cuidados.

A perspectiva da grama – Conto

Um borrão vermelho tomou conta dos seus olhos. Uma dor aguda atravessou sua cabeça, indo da nuca até a testa. O que pode ser isso? Ele pensou. Respingos gelados batem no seu rosto, como se fossem pequenos tapas. “Alguém está querendo me acordar” – ele voltou a pensar. Ele abre os olhos. A imagem lhe aparece embaçada. A luz do sol ofusca e os pingos d’água dificultam ainda mais manter os olhos abertos. Ele cobre os olhos com as mãos e ergue a cabeça com alguma dificuldade. “Cadê o meu quarto, a minha cama?” Filetes de grama cutucam o seu ouvido. Aos poucos o borrão vai tomando forma e ele percebe que está caído num jardim. Ele ergue o corpo e apoia nos cotovelos. Ah! Agora sim. Os respingos continuam. Gelados. Ele olha em volta. Uma mulher o observa com ar surpreso. Em suas mãos, uma mangueira continua despejando água. Então era isso?

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Sem título...

Achei esse texto perdido no armário. É coisa antiga. Bem antiga mesmo. Parte de algo que eu já nem faço mais. Então achei legal compartilhar...

A Morte lhe Envia Flores

Aos amigos e colegas. Publico aqui o primeiro capítulo do meu livro A Morte lhe Envia Flores. Trata-se de uma pequena amostra do trabalho e eu espero (e aguardo!) uma avaliação de todos vocês. O livro foi lançado no final de setembro e está disponível na Amazon e no Clube de Autores, na versão impressa. Divirtam-se!